A diferença entre o cavalheiro e o putão...


Como eu causei polêmicas em discernir em minha descrição que o amor morreu, eu vou discorrer sobre o assunto fazendo um comparativo entre o Cavalheiro (assim denominado o cara que toda mulher sonha que chega em um cavalinho branco e promete amor eterno) e o putão (símbolo da modernidade – não da pós modernidade, falarei isso depois – que geralmente toma as mulheres como um buraco a ser penetrado e divulgar as fotos na internet). Espero não ser mal interpretado.

Estou generalizando porque existem todo o tipo de pessoa por ai...mas o contexto é sempre o mesmo. Então vamos lá:

Imaginemos que esses dois seres míticos estivessem em disputa fazendo uma competição...Escolheram uma donzela (visão cavalheiresca)/buceta (visão putão) para disputar.Não vamos discutir a abordagem de cada um e sim o que cada um faria.


- Como chegam:

O primeiro chega de cavalo branco, o outro chega atropelando o cavalo com um carro/moto importada.


1X0 – putão

- Na hora de escolher aonde irão levar:

a donzela/buceta o cavalheiro já faz planos para leva-la ao restaurante, o putão ao motel – 2x0 putão;

- Se a donzela/buceta decidir aonde irem, no caso restaurante:

o cavalheiro disserta sobre assuntos diversos durante a refeição e o putão fala de futebol, de si mesmo e do quanto tem no banco – 2 X 1 cavalheiro

- Ao terminarem:

o cavalheiro a convida a uma “esticadinha” o putão já a leva ao drive-in – 3X1 putão

- Na hora do sexo:

o cavalheiro é dedicado, sensível e procura dar prazer, o putão manda ver sem se preocupar vira e dorme – 3X2 cavalheiro

- No término:

o cavalheiro leva-a para casa, o putão deixa ela na esquina para pegar o ônibus – 3X3 cavalheiro

- No dia seguinte:

o cavalheiro liga para saber se está tudo bem, o putão já esquematiza outra para a noite – ESSA EU NÃO VOU CONTABILIZAR DEIXO A CRITÉRIO DE QUEM ESTÁ LENDO...

Agora, convenhamos, vivemos em um mundo “moderno” com pensamentos antiquados. Eu não escapo desta sina. Ainda mais porque eu pertenço a uma classe de ser humano que se preocupa e pensa. Aliás acho que pensa demais, aliás pensa ao exagero.
Quem já viveu um grande amor consegue entender porque o cavalheiro se torna putão, ou a dama vira vagabunda. E quando encontramos, a coisa se inverte! Só que só tem um pequeno problema... é só uma vez na vida. Não estou sendo desesperançoso para quem acredita nisso... eu sou apenas um expectador de minha realidade.
Eu sou um homem pós moderno. O homem pós moderno vive entre esses dois mundos. Só que a mulher também! Vivemos um mundo de igualdade de direitos... de ser o que bem entender e fazer o que bem entender. Eu sou a primeira geração de homens pós modernos (isso não é comprovado cientificamente ok! Estamos falando em questão de ponto de vista) e as gerações seguintes mudaram completamente a forma de ver as relações – aliás eu acho que eles acabaram com todas elas.
Eu fico pensando se em vez de montar um blog eu deveria montar um fórum de discussões...rs
Voltando ao assunto... As caracterizações homem/mulher mudaram drasticamente, vejam na rua uma saída de escola por exemplo: baseando no figurino usado, certos casais parecem que inverteram seus papeis, as mulheres masculinas e os homens femininos. E não é só no figurino, é comportamento também.A balança de equilíbrio cósmico (assim diz meu chefe) está desequilibrada. Eu concordo que há um desiquilíbrio; não é uma coisa ruim mas, merece ser estudada com calma, paciência e principalmente com virtuosidade.
Eu estou tentando tirar as alastras de preconceito e é muito difícil.Mudar a mentalidade da qual foi criada é como se dar murros em ponta de faca.

Sou de uma geração em crise porque não é careta a ponto de se parecer com seus pais nascidos entre os anos 40 e 60, e nem com os jovens entre 12 e 20 anos que vemos por ai que ditam nossa cultura.
Nascido nos inicio dos anos oitenta, ainda carrego a visão pregada pelo gótico (estilo musical que de certa forma definiu-me), de que o mundo está em decadência...talvez por isso seja tão crítico, talvez não.
O que sei é que encontrei um contra ponto. E não foi um processo simples, tive de enxergar as várias facetas de mim mesmo para encontrar minha resposta.

Um comentário:

  1. Interessante este ponto de vista, me lembra algumas conversas em botecos..rs

    A verdade é: ser putão ou cavalheiro varia muito de cada um e sempre de acordo com a situação.

    O amor de verdade (como já conversamos sobre isto), aquele sentimento bruto e incontrolável que é vendido em novelas, livros e filmes de comédia românticas, ele só acontece uma vez. Se der certo, eu te invejo, se não der; senta e chora pois ele te destrói e te transforma numa nova pessoa. Se esta pessoa vai ser putona ou cavalheiro branco, depende de cada um.

    Como somos pós modernos Dengue (sim, nós pensamos e tomamos nossas decisões que não são baseadas na rede globo ou na revista Veja), agimos de acordo com a situação. "Penso logo existo", diante disto escolhemos se: determinada situação exige romnantismo ou sexo selvagem puro e interminável!!!

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