Caçada


Nossa, como sinto falta do tempo que eu ficava nas baladas a noite, saindo de uma para outra e conhecendo gente inusitada.
Aprendi bastante nesse tempo... talvez ai eu tenha percebido como as pessoas são carentes. Balada não é só pegação... e eu explico porque:
Quando você vai a uma balada, mesmo a mais fuleira do seu bairro (que diga-se de passagem são melhores que as top top Olímpia) você vai para ver e ser visto. O gostoso é que procurando e observando a gente sempre acha alguém, mesmo que não role uma pegação.
Balada também tem uma coisa tribal, uma coisa esquecida. É sair para caçar, sempre com um foco, um objetivo. Mesmo que o objetivo seja reunir os amigos. E mesmo neste momento você sempre da uma olhadinha para o lado...
Já perceberam quando alguém olha fixamente para você que chega a incomodar? Estranho mas agradável. Faz bem para o ego...
Em baladas eu me caracterizo porque sou praticamente hipnotizado pela musica e não saio da pista por nada neste mundo... Mas também caço só que nem sempre com as armas certas. Eu sempre achei desagradável ficar agarrando, puxando, pegando pelo cabelo... talvez se eu soubesse fazer isso sem ser ignorante (sim rinoceronte dentro de uma loja de porcelana) eu teria me dado bem várias vezes em praticamente em todas as baladas.
Eu sinceramente nunca fui um “cata baba”. Prefiro uma coisa mais intimista, gosto de conversar, gosto de trocar olhares, gosto dos olhares desviados, do rosto corado e da ousadia nas palavras. Infelizmente, isso é para praticamente raro nos lugares que vou. Aliás isso faz parte do imaginário da mulherada mas, quando encontram um cara assim fogem. Poucas cedem e desculpem-me perdem muita coisa.
Já vi coisas medonhas como o cara dando um soco na garota e beijando ela logo depois... Tem também as dispustas macho macho pela fêmea compelida a olhar ao lado. Coisas humanas que me deixam perplexo e fascinado...

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