Nostalgia... O eterno sentimento de saudades de coisas que não mais te pertencem...Ai ai...

É povo, sempre fui contra festas revivais mas inconscientemente sempre digo “Vamos!” sem pestanejar. E acabo me divertindo, e acabo relembrando, e acabo ficando triste.

Essa tristeza é perceber que tudo mudou, e muito!

As pessoas mudaram, os rostos continuam conhecidos mas seus corpinhos deformaram consideravelmente, alguns com quilos a mais, cabelos de menos e todos com aquele brilhinho nos olhos.

Brilho de um tempo simples, onde nossos desejos era apenas nos divertir, degladiar-se com discussões sobre música, politização e como iremos pagar nossas bebidas (lógico que era pensando no rateio). Cada dia vou percebendo que não adianta, o tempo avança ferozmente sobre você e se não doma-lo você estagna em um universo paralelo onde você fica com a sensação do “era feliz e não sabia”.

Esse sentimento é completamente traiçoeiro porque faz você não perceber que aquela etapa já foi cumprida, que hoje você possui novas e bem interessantes opções.

Eu sei que também tenho o brilhinho de saudades do tempo que usava uma calça 52, um tênis Montreal (sim, aquele antibactericida que não dá chulé do Programa do Bozo!), de não me preocupar com meu cabelo meio black power e do skate que usava de chaveiro (eu pendurava a roda do skate no bolso), tudo isso pesando famigerados 36 kilos e me rotular alternando o grupo ao qual eu estava no momento.

Hoje, Marcio com 72 kg (nussaaaa!!!!! rs) as calças numero 40 bem justas, sapatenis e com o cabelo bem aparado vejo o antigo o Dengue com saudades mas com reservas.

Fiz o que pude como Dengue. Zuei muito como Dengue mas hoje sinceramente prefiro viver o Marcio que estava ali escondido.

Hoje eu ainda sou Dengue. Ele nunca sairá de mim... Só que acho o Marcio muito mais interessante e muito mais completo.

Ele perdeu seus medos como Dengue, ganhou outros e continua crescendo...Ele aprendeu a beber mas as vezes abusa quando se sente ameaçado, triste ou excessivamente feliz, ele aprendeu a lidar com as mulheres, com o preconceito, com as diferenças musicais. Hoje discute política com consciência, escreve, discute com experiência todas as suas aventuras, auxilia os amigos com mais propriedade e principalmente coordena seus movimentos (rs).

Feliz como Dengue e feliz como Marcio

O Marcio sempre saberá que sem o Dengue ele não chegaria aonde chegou e o Dengue também sabia que seria um Marcio melhor. Isso é que é um fator diferencial... isso que deixa a nostalgia menos dolorida.

Um comentário:

  1. Não é o tempo passando, nem o que a gente deixou pra trás.
    Vi coisas inusitadas.
    A minha crítica foi, com certeza, mais pra mim do que para os outros.
    EU é que fui com a esperança (vã) de encontrar as coisas do mesmo jeito, porque é isso que a saudade faz com a gente.
    Lembrar de quem morreu (de verdade, sem metáforas)...
    E essas coisas me incomodaram mais dessa vez do que nas anteriores, acho que porque nós falamos sobre o assunto.
    Seu comentário está devidamente respondido lá.
    E sim, vou citá-lo como Márcio Fontes sempre que linkar o blog.
    (ou você prefere que eu coloque "O Gostoso de Mauá"?)
    ;o)

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