Depois da fé a fúria!

Semaninha dificil, coisa povoam minha pobre mente e infelizmente eu gostaria de ser mais vilânico...Mas não faz parte de meu perfil.

As pessoas más levam vantagem e isso é fato. Mas você precisa ter um excelente motivo para ser mal... E não estou dizendo as coisas que vc faz porque tem vontade. Se precisar e sentir vontade de socar alguém soque, mas agüente todas as conseqüências.

Ser mal é nunca se sentir culpado, mesmo fazendo algo que não faz parte de sua natureza. A maldade vilânica de novela não é maldade, é apenas reflexo de personalidade.

A minha personalidade ultrapassa até a minha pobre vida virtual. Se vou montar um personagem mesmo que eu escolha um demônio ou algo parecido, acabo por ajudar os outros no caminho e sempre me ferro.

Paciência! Se existe mesmo o paraíso, faço tudo para não merece-lo e acabo fazendo o caminho inverso...

Confesso que quando explodo é melhor ninguém ficar perto porque fico como um cão raivoso, mas esse pobre ser pensante que sinceramente tem medo de explorar essa raiva fisicamente (ou seja dando porrada pra aliviar) faço –a pensando. Sozinho remoendo meu ódio até transforma-lo em algo de positivo.

Sinto que as vezes esse esforço é cansativo, esgotante e as vezes chego a conclusão que merecia mais. Mas mesmo assim, exploro meu lado racional porque o irracional mata.

Eu sempre me imaginei meio psicopata, porque sociopata todo mundo é um pouquinho... Uns mais, outros menos.

Sinceramente mesmo quando fazia artes marciais nunca consegui colocar minha violência para fora, mesmo batendo com mais força e chutando melhor nunca consegui um OPONENTE.

Preciso de alguém com quem duelar, brigar e conseguir finalmente mata-lo na porrada. Esse é o meu desejo mais secreto e mais doentio...

Já briguei uma única vez com raiva quando fui assaltado e os caras começaram a agarrar a minha namorada na época e confesso eu nem estava no meu auge. Lembro-me bem que quando eles começaram a sair eu consegui pegar o último e bater com vontade, sentindo seu sangue quente escorrendo pela minha mão. Eu entendo como se sente um lutador sanguinário porque é uma sensação muito boa. Essa foi a única vez que me tornei irracional e amei.

Pensar demais cansa gente. Porque eu não penso unilateralmente, eu penso para todos os lados: o meu, o do outro e o da situação. Evito qualquer confronto ao máximo e depois penso e penso e repenso novamente e me acalmo. O sangue nunca chega...

Quando ensino na academia, eu ensino essa linha de pensamento: se formos brigar só um pode sair bem, o outro tem de ser esmagado. As pessoas olham para mim e nunca levam isso a sério e me dizem que eu não sou assim. É uma meia verdade, depende da máscara que uso, todos os dias.